Despertar CEBI | Set. 2020 | Sempre na linha da frente

substitui família na por alargar o número de pessoas a quem prestamos ajuda no domicílio, nomeadamente para serviços de higiene pessoal e entrega das principais refeições do dia”, expli- cou a Diretora. Em situações como estas, “foi também essencial que serviços como a Manutenção e a Lavandaria continuassem a funcionar em pleno”, afirmou. A estrutura fundacional, uma vez mais, fez toda a diferença na intervenção prestada. E as rotinas? Com todos os constrangimentos, como se manteve alguma normali- dade junto dos utentes? “Nesse aspeto, tem muito mérito o trabalho da nossa Educa- dora Social e da Terapeuta Ocupacional”, admitiu Ana Rodrigues. Para a Assistente Social do DAAI, encerrados os contactos com o exterior, foi necessário não que- brar as rotinas internas – “tentámos que aquilo que dependia apenas de nós fosse mantido, com o objetivo de não haver um sentimento de anulação de tudo o que era normal”. Mesmo assim, é certo: “a vida de alguns utentes mudou drasticamente, prin - cipalmente para aqueles que tinham uma atividade quase autónoma e saiam muito da Instituição durante o dia”, garante Matilde Gonçalves. A reabertura ao exterior: o coração não podia superar a razão” “havia uma necessidade de toque e de afeto muito grande”. u t ent e s “Estes tempos não são só uma pandemia do ponto de vista de Saúde Pública”, garantiu a Assistente Social, relembrando de imediato que “no fundo, estamos já a presenciar e a viver uma pandemia do ponto de vista social”. O futuro prevê-o com uma necessidade muito grande de reinventar modelos de atuação: “o receio com que vivemos tem de ser transformado em motivação para delinearmos novas estratégias”. Apesar de concordar que “não sabemos muito bem o caminho que ainda vamos percor- rer”, acredita que “o maior desafio que se impõe passa por encontrar forma de não desvincular as famílias aos utentes, mas não as ter tão próximas fisicamente como desejaríamos”. DC 15 A reabertura das visitas presenciais era, por todos os constrangimentos que a sua suspensão implicou, um momento muito esperado. Restava prepará-lo com o maior dos cuidados, sabendo que “havia uma necessidade de toque e de afeto muito grande”. Independentemente de tudo, o coração não podia superar a razão. “Procurámos limitar o mais possível o acesso ao interior das instalações e, por isso, criámos um espaço de visitas na antiga receção”, explicou Matilde Gonçalves. Separados por uma estrutura de acrílico, que assegura o distanciamento e contacto social, os participantes na visita nunca se cruzam – “temos pontos de acesso distintos para os utentes e para as famílias”, revelou a Diretora.

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