À distância, o acompanhamento próximo e individualizado foi mais difí- cil para Cristina Filipe e para Maria João Grilo, Fisioterapeuta Coor - denadora e Fisioterapeuta da Clínica da CEBI, respetivamente. “Por muito que tenhamos enviado exercícios personalizados a cada utente, sabemos que não é igual ao atendimento presencial pois, na reabilita- ção, há muitas coisas que o doente não consegue fazer sozinho”. A par disso, o facto de lidarem com uma “população maioritariamente Idosa” e “sem acesso a meios digitais” também não facilitou. O cumprimento dos timings de reabilitação, cujos tratamentos foram de repente suspen- sos, foi o que mais preocupou as profissionais, que chegaram a recear, em alguns casos, uma regressão. Houve por isso “alguns doentes a quem ligámos e procurámos, via telefone, relembrar com eles alguns exer- cícios”. Na verdade, “o trabalho de reabilitação já era antes parti- lhado” pois “ninguém sai da Clínica sem uma recomendação, um exercício ou um conjunto de posturas recomendadas”, explicaram. Este cuidado obriga “a que o doente também se sinta responsável pela sua reabi- litação, não colocando essa responsabilidade apenas no Terapeuta”. Boas práticas que, durante o período de pandemia, foram elementos “de continuidade” e de extrema importância.
Contactamos com milhares de pessoas – “não estamos livres nem isentos” de contágio
Uma reabertura de serviços pensada, ponderada e preparada ao pormenor.
“Demonstrar que estávamos a fazer bem”, nunca descurar a segurança e reiterar a confiança foram os elementos chave para a reabertura. Pensada, ponderada, refletida e preparada de olhos postos nos uten - tes. Com um Plano de Contingência rigoroso e extremamente meticuloso. Mas, claro, com riscos associados, ainda que minimizados ao máximo. O regresso foi pensado progressivamente e com prioridade para quem “já estava em tratamento antes do período de pandemia”, explicou-o a Dire- tora Clínica, que liderou todo o processo de triagem. Inicialmente, acrescentou, “restringimos o acesso a pessoas com mais de 65 anos e com determinadas patologias”, exemplificou, acrescentando que “todos os utentes passam agora por um inquérito telefónico e/ou presencial onde é feita a monitorização do seu estado de saúde e rastreio de con- tactos”. Os cuidados redobram a certeza de que “quem entra, não pode colocar ninguém em risco”, pressuposto que se estende “a utentes e a Colaboradores”. Enquanto profissional da área da saúde, Manuela Amaral sabe “que estão a ser cumpridas todas as normas e procedimentos” na Fundação CEBI. E,
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