estavam disponíveis na Fundação, havendo necessidade de investimento para a aquisição de tablets adicionais, por se ter esgotado a capaci- dade que se revelou necessária. O investimento na tecnologia de deslocalização e conectividade, par- ticularmente VPN (Rede Privada Virtual) e virtualização de posto de trabalho, desempenhou um papel crítico para o sucesso da transição para este ´novo normal´, em que hoje grande parte dos Colaboradores desempenham as suas funções. Segundo Luís Gomes, “houve um avanço incalculável na literacia digital que nos abre portas para uma nova fase na transição digital da Fundação”, até para ser “referência no uso de tecnologias no sector social”. Enquanto Departamento agregador, os Recursos Humanos da Fundação vive- ram, também, tempos desafiantes, pela incerteza que se vivia e pela constante necessidade de divulgação de informação – “diariamente, em resposta à pandemia, a legislação foi frequentemente alterada. Dias mais tarde, expirava ou evoluía com novas medidas e orientações”. Foi preciso acompanhar de perto, com um olhar atento e cuidado, garantindo assim que todos os procedimentos estavam a ser cumpridos e correta- mente implementados, esclareceu Vânia Charneca, Diretora do Departa - mento. Foram realizadas diversas comunicações internas, em parceria com o Gabinete de Comunicação e Imagem, durante o período em que o país esteve confinado e mesmo já depois do desconfinamento. As dificuldades foram acrescidas pela “diversidade de serviços e res - postas” que a Fundação integra. Uma resposta comum a todas as situa- ções não era possível, havendo por isso diversos cenários e mudanças a considerar. Dos 399 Colaboradores da Fundação, 34% manteve o regime de trabalho presencial, pela necessidade de continuarem na linha da frente, ainda que adaptando as suas estratégias de atuação para garan- tir a sua segurança e proteger todos que estavam a seu cuidado. A essa percentagem somaram-se mais 4% em regime misto (presencial e teletra - balho). Apenas 120 Colaboradores puderam transferir todo o seu fluxo de trabalho para um regime à distância, ganhando o “teletrabalho e a for- mação digital mais força nesta nova era de gestão de Recursos Humanos”. Para Vânia Charneca, estes “foram tempos de enormes desafios, rápi - das mudanças e gestão de preocupações e ansiedades”, onde “líderes, Equipas Técnicas e grupos Operacionais foram colocados à prova, sendo expostos a um cansaço físico e emocional superior, motivado pela pró- pria conjuntura”. O Conselho de Administração acompanhou “de perto as dificuldades vividas”, acrescentou a Diretora dos Recursos Humanos, “pautando por medidas que garantissem a continuidade e sustentabi- lidade financeira da Fundação” e com uma “preocupação constante pela manutenção dos postos de trabalho”. Por isso mesmo, até ao momento, não existiram “processos de despedimento de trabalhadores”.
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