necessário ter em consideração as competên- cias adquiridas”. Pedro Oliveira exemplifi - cou: “todos os Professores tinham consciên- cia que as tarefas realizadas em casa podiam ser feitas com a ajuda de pesquisas. Mas todos tiveram também que reconhecer que isso pode ser ainda mais exigente!”.
Desta experiência, cujos protagonistas sen- tiram de forma ímpar, também se retiraram aspetos muito positivos. Para Ricardo Reis, “foi um privilégio participar ainda mais de perto no crescimento dos nossos filhos, aju - dando-os na construção do seu conhecimento”. Como Professores, para além de um desafio pro - fissional singular, onde, apesar das circuns - tâncias, Programas e Objetivos Curriculares não puderam ser esquecidos, “tivemos que des- pir a roupagem protótipo” e, pela primeira vez, “usar mais o verbo aprender do que ensi- nar”. Lembrou Carla Alves, Professora do 1.º ciclo, mas o sentimento foi partilhado pelos restantes colegas Professores, mesmo lidando com grupos etários distintos. Este positivismo também se estende ao momento da avaliação. “Neste aspeto, acho que só ganhámos. Foi muito mais enriquece- dor”, explica o Diretor Pedagógico. E porquê? “Porque todo o trabalho conta! Deixámos de avaliar a evolução dos alunos apenas durante os 90 minutos do teste escrito”. O Ensino à Distância duplicou os momentos avaliativos e os Critérios foram necessariamente ajustados a essa fase – com intuito de nunca prejudi - car os estudantes, cuja evolução e cresci- mento tinham de ser valorizados. Mesmo que o contexto de Sala de Aula fosse vivido “em casa”. Mais do que avaliar conteúdos, “foi Mais do que avaliar conteúdos, foi necessário valorizar as competências adquiridas Deixámos de avaliar a evolução dos alunos apenas durante os 90 minutos do teste escrito e todo o trabalho contou.
Estamos todos mais ligados do que nunca
As aventuras criativas a que o Colégio José Álvaro Vidal nos tem vindo a habituar, multiplicaram-se.
A certeza de que ensinar é desenvolver as capacidades de cada Homem ou Mulher, indivi - dualizando-o enquanto Ser Humano, ficou ainda mais clara. A preocupação em manter valores humanísticos e pilares educativos, no con- texto de uma realidade completamente alte- rada e em constante mutação, foi comum à Comunidade Escolar. A luta pela atenuação das desigualdades, provenientes de uma rela- ção de ensino e aprendizagem exclusivamente digital, intensificou-se. E as aventuras cria - tivas a que o Colégio José Álvaro Vidal nos tem vindo a habituar, multiplicaram-se. Em tempo de distanciamento social, promoveu- -se a continuidade pedagógica e criou-se um universo singular de trabalho online . Pos- sibilitou-se novos tempos de experimentação com significado, através de propostas estimu - lantes e alinhadas com a visão de Escola que já existia no Colégio da CEBI. Suscitaram-se emoções, testaram-se competências e reforça- ram-se capacidades criativas. “Pela primeira vez, encerrámos um Ano Letivo sem verdadeiramente nos despedirmos, sem estarmos juntos e sem socializarmos”. Para Pedro Oliveira, esta foi, talvez, “a maior quebra psicológica nos nossos alunos”. As últimas “aulas síncronas à distância foram muito complicadas em termos emocionais”. Mas, sem existir uma estratégia nesse sen - tido, terminou-se um Ano Letivo mais unidos do que nunca! DC
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