Despertar CEBI Digital 001 | Uma Rede de Confiança

A Fundação CEBI desenvolve um relevante trabalho social há várias décadas. Em 2022 esta intervenção sofreu ajustes estratégicos, numa abordagem metodológica integrada, de natureza ecológica.

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PENSAR À FRENTE A intervenção social na Fundação CEBI pas- sou por uma reestruturação no sentido de reunir numa só área os diferentes serviços cuja missão estão orientados para o atendi- mento e apoio social.

N este sentido, o Apoio Comunitário Inte- grado, o Apoio a Idosos, a Emergên- cia Social e a Intervenção Social e Comunitária passaram a ter como denominador comum a mesma estratégia e filosofia, assentes num quadro institucio- nal de governança para o bem- -estar individual e social, para o desenvolvimento e sustentabi- lidade, numa abordagem meto- dológica integrada, de natureza ecológica. Consideramos que esta perspectiva é essencial, na medida em que só pela mesma é possível intervir junto dos indi- víduos que solicitam e carecem dessa intervenção, mas tam- bém influenciar as famílias, a comunidade e o meio social em geral, em prol desenvolvimento humano e social, promovendo o empoderamento, a autonomiza- ção e o bem-estar.

Olga Fonseca Direção | Social

A satisfação das necessidades reais

Coordenados por uma única dire- ção, os vários serviços da área social da Fundação, integram um corpo de técnicos com forma- ção diversificada, o que permite uma intervenção multidiscipli- nar e sistémica, orientada para a satisfação das necessidades reais (e específicas) das crianças em situação de perigo, das famí- lias monoparentais com filhos menores de idade, das pessoas idosas e das pessoas com neces- sidades de apoio social (a vários níveis) e/ou psicológico. Trata-se, pois, de uma intervenção contex- tualizada, concertada, personali- zada, especializada e focada na garantia dos direitos humanos e sociais. Sendo a área social uma zona onde nos deparamos com uma vasta diversidade de desafios (e todos de grande susceptibilidade

Texto escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico.

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Olga Fonseca assumiu a direção da Área Social da CEBI em dezembro de 2021

e, por vezes, de gravidade assi- nalável), impõe-se a capacidade de pensar de forma inovadora e proactiva sobre os mesmos, equa- cionando-se metodologias apoia- das em medidas de longo prazo, não descurando, contudo, as medi- das pontuais, de base reparadora (por vezes de intervenção em crise) e que assumem um importante papel adicional nas intervenções de base preventiva e construtiva, proporcionando a mobilização dos recursos pessoais e sociais neces- sários aos processos de mudança daqueles que dela necessitam.

do conceito, mas também, e sobre- tudo, da realidade em “que, por quem e como” é vivida. Estamos perante novos contextos relativos a fluxos de população, informação, influências e redes de relações. Os novos tempos implicam inven- ção de novos paradigmas no que concerne à forma de pensar as relações interpessoais e as orga- nizações. Temos hoje necessidade de procurar novos conhecimentos que nos permitam co-criar culturas organizacionais promotoras de flo- rescimento humanístico, em toda a sua diversidade. Hoje e cada vez mais precisamos de ser criativos na procura de modelos de interven- ção ajustados às novas realidades onde as situações de risco e perigo de vulnerabilidade, de pobreza e exclusão social são inúmeras e vão assumindo facetas por vezes ines- peradas. Conscientes de tudo isto, sabemos que os modelos tradicio- nais de acção social (baseados no

saber do profissional que constrói soluções para as pessoas) já não se adequam ao modo de olhar os indivíduos e os seus problemas e, consequentemente, à forma de conceber a intervenção com os mesmos. Como tal, promovemos as abordagens em rede, colaborativas e positivas, baseadas na co-sabe- doria e co-construção de soluções de mudança entre profissionais e utentes, investindo na confiança e proximidade nas relações de ajuda. Criativos na forma de intervenção A área social da Fundação assu- me-se, assim, como um patamar de atuação de proximidade por excelência, onde a intervenção social se operacionaliza com o objectivo da promoção do desen- volvimento, da construção do bem-estar e da mudança social, procurando ampliar os graus de liberdade e de felicidade daque- les que serve.

Uma abordagem em rede, colaborativa e positiva

O território social é complexo e mais complexo se torna em épocas de crise, como aquelas que temos vindo a atravessar. A “comuni- dade”, tal como nos habituámos a pensar nela, merece ser revisitada e questionada não só no âmbito

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casa

de acolhimento

residencial

Norteada pelos valores, missão e visão da Fundação CEBI, e pela Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, a Casa de Acolhimento Residencial (CAR) acolhe, desde 1995, crianças e jovens em perigo que se encontram afastadas do seu meio familiar, na sequência de decisão decretada pelos Tribunais de Família e Menores ou pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). A CAR tem capacidade para acolher 30 crianças até aos 12 anos de idade e é entendida como um espaço que traduz, dentro do possível, um ambiente familiar, minimizando o impacto que o acolhimento residencial possa trazer à criança que, quer por ter sido vítima de negligência, maus tratos, exposta a comportamentos desviantes, abuso sexual ou abandono, foi afastada do seu meio familiar habitual. Ao chegar à CAR, as crianças encontram uma Equipa Técnica Multidisciplinar e

Texto Joana Rosa Josiane Avelar Tânia Pires

Conheça aqui a nossa Casa de Acolhimento Residencial

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uma Equipa de Cuidadores que lhes proporcionam um ambiente tranquilo, seguro e rico em afetos, ou seja, um contexto promotor para a sua recuperação e desenvolvimento harmonioso, nos domínios psicológico, social, educativo e de saúde.

dos outros organismos envolvidos no processo. De registar que, todos os processos desenvolvidos na CAR estão certificados desde 2008, no âmbito da qualidade, pela NP EN ISO 9001:2015. Tendo em conta que crescer em ambiente familiar é um

A colaboração da comunidade é um apoio fundamental ao trabalho desenvolvido em acolhimento residencial. O trabalho voluntário e o apoio dos mecenas é essencial para a promoção do seu bem-estar.

O acolhimento residencial não tem como objetivo o afastamento permanente da criança relativamente à sua família de origem. Constitui, pelo contrário, uma oportunidade de rever e reinventar dinâmicas familiares, proporcionando condições para o desenvolvimento de competências parentais, ao mesmo tempo que são garantidos o bem-estar e a segurança das crianças. Consubstanciada a intervenção da CAR num modelo ecológico e sistémico, é realizada uma avaliação das necessidades da criança, das competências parentais das suas figuras de referência e avaliados os fatores sociais que irão sustentar o plano de intervenção a ser definido. Mais do que evidenciar os indicadores de risco, na intervenção é fundamental promover as potencialidades da família da criança e acionar os apoios de que necessitem, com brevidade. Assim, depois de definidos os objetivos de atuação, urge estudar e definir um projeto de vida que melhor defenda o superior interesse da criança acolhida. Durante esta fase é fundamental a articulação direta com as equipas

direito das crianças é, pois, essencial priorizar projetos de vida que garantam que as mesmas possam regressar às suas famílias ou, não havendo essa possibilidade, garantir-lhes o encaminhamento para famílias adotivas. A colaboração da comunidade é muito importante para o trabalho desenvolvido em acolhimento residencial. O mesmo se pode dizer relativamente a outros serviços da Fundação, como a Saúde (sendo as crianças apoiadas, em várias terapias, na Clínica da Fundação) e a Educação (estando as crianças integradas no Colégio José Álvaro Vidal). O trabalho voluntário e o apoio dos mecenas no proporcionar de atividades e experiências às crianças, são, também, essenciais para a promoção do seu bem-estar. Para os que trabalham na CAR, sejam técnicos, cuidadores diretos das crianças ou de serviços de apoio, um novo acolhimento é sempre um novo recomeço, uma oportunidade para ajudar a reescrever uma nova história, garantindo que o foco da mesma é o respeito pelo superior interesse das crianças.

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Texto Ana Rodrigues e Cláudia Simões

P erante as proporções que o envelhecimento popula- cional está a atingir, um dos principais desafios que se coloca à sociedade consiste em garantir que as pessoas desfrutem de uma velhice com merecida qualidade de vida. Todavia, a perda progressiva de autonomia e a redução das capacidades físicas e cognitivas são, muitas vezes, incontornáveis, contribuindo para a minimizar. As pes- soas idosas que chegam a esta fase, numa primeira instância,

tinham o apoio e os cuidados diários assegurados pela família. Contudo, a família tem passado por alterações decorrentes de mudanças conjunturais e culturais, com implicações na dispo- nibilidade para a manutenção daquele apoio e consequências que se refletem na vida dos idosos e em toda a dinâmica fami- liar, determinando a procura de soluções alternativas.

As diferentes respostas sociais existentes para apoio a pes- soas idosas tendem a tornar-se mais flexíveis e humanizadas, APOIO A

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a atuar numa lógica de proximidade, orientadas para a manu- tenção das pessoas no seu meio natural de vida, respeitando a individualidade de cada uma. Assim, surge a resposta de Apoio Domiciliário, desenvolvida a partir de um equipamento, consis- tindo na prestação de cuidados personalizados no domicílio, a indivíduos e famílias, quando, por motivo de doença, defi- ciência, ou outro impedimento, não possam ter assegurados, temporária ou permanentemente, a satisfação das necessida- des básicas e/ou as atividades da vida diária. A Fundação CEBI presta esta resposta nos sete dias da semana, em função das necessidades dos utentes e das suas famílias, através de vários serviços disponibilizados. Seguindo o mesmo paradigma, surge também a resposta de Centro de Dia, desenvolvida em equipamento. Esta resposta presta um conjunto de serviços que contribuem para a manu- tenção das pessoas idosas no seu meio sociofamiliar e possibi- lita, igualmente, que as pessoas mais sozinhas possam passar o seu tempo com outras, desenvolvendo algumas atividades. O Apoio a Idosos da CEBI assegura este serviço através de uma equipa de profissionais qualificados, que atua em intervenção sistémica e multidisciplinar. Contudo, a realidade mostra que existe um número considerável de pessoas idosas em condição de maior solidão, em situação de dependência, com famílias sem capacidade para lhes prestar cuidados e que não encontram resposta capaz no seu meio habi- tual de vida, por inexistência ou insuficiência de meios. Torna-se

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IDOSOS frequente, deste modo, a necessidade do recurso a respostas sociais, a título temporário ou permanente, como a resposta de Lar de Idosos, atualmente designada por Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI). A ERPI da Fundação CEBI tem capa- cidade para acolher 88 pessoas idosas, proporcionando-lhes uma resposta cada vez mais personalizada, focada no bem-es- tar pessoal e na promoção e manutenção da sua autonomia. O serviço de Apoio a Idosos da Fundação, tem, assim, como objetivo principal, promover o envelhecimento feliz daqueles que aí escolhem passar essa fase de vida. Para isso é funda- mental a relação com a família, a promoção de programas de bem-estar ao nível da saúde, da ocupação, da psicologia, da segurança. Nesse sentido, o serviço conta com uma equipa mul- tidisciplinar que, de forma integrada e personalizada, acompa- nha a situação de cada pessoa. Numa fase de vida em que tudo parece esfumar-se e torna-se inseguro, temos consciência que é importante proporcionar às pessoas que residem na ERPI e às que são utentes dos serviços de Centro de Dia ou Apoio Domici- liário, a oportunidade para viver com dignidade, alegria e com a empatia daqueles que os rodeiam. O envelhecimento saudável é um direito e, no serviço de Apoio a Idosos, garantir o seu exer- cício é uma prioridade. Queremos promover o envelhecimento feliz, numa relação com a família, com a promoção de programas ao nível da saúde, da ocupação, da psicologia e da segurança.

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Texto Patrícia Tataru Vera Teixeira André Ferreira

O serviço de Intervenção Social e Comunitária desenvolve a sua atividade junto da comu- nidade, investido pelos valores que constituem a missão da Fundação. Tem como objetivo principal a prevenção da exclusão social e a promoção da inclu- são, da equidade e da coesão junto das populações mais vulneráveis. Este é, evidentemente, um objetivo que se des- multiplica em múltiplas ações, ações estas que, conforme o tecido e as alte- rações sociais, assumem uma natureza dinâmica, susceptível às mudanças que as emergências possam implicar. A garantia ao exercício dos direitos humanos por todas as pessoas que procuram este serviço, é um dos lemas da equipa de técnicos que o integra. Trata-se de uma equipa multidiscipli- nar, composta por técnicos das áreas do Serviço Social e da Psicologia, que tem por base um modelo sistémico e ecológico, privilegiando a intervenção do individuo com o meio que o rodeia, com o rigor ético que está implícito no trabalho com pessoas. Cientes dos fatores críticos de sucesso no âmbito da intervenção social, pro- move-se a intervenção fenomenoló- gica, a aprendizagem conjunta, a cons- trução de soluções em parceria com os utentes do serviço, com os parceiros organizacionais e, mesmo, com outros

serviços da Fundação. Um sistema em equilíbrio necessita do equilíbrio de todo o sistema e, como tal, só numa perspectiva colaborativa concebemos o crescimento de todos os envolvidos no dito sistema: desde os mais frágeis, aos que o lideram. Existem duas grandes áreas de inter- venção neste serviço: a área Social e a da Psicologia, estando as duas em per- manente interligação. O Apoio Psicológico tem como objetivo contribuir para amenizar as necessida- des da comunidade em que se insere, no que diz respeito à saúde mental. Assim, proporciona atendimento psi- cológico a crianças, jovens, adultos e pessoas idosas em situação de carência económica, aos colaboradores da Fun- dação CEBI e à comunidade em geral. A intervenção psicológica é realizada quer em contexto de crise, quer em contexto de acompanhamento psicoló- gico, avaliação psicológica e/ou enca- minhamento para outras valências e entidades. Privilegiando a intervenção através de respostas individualizadas e empáti- cas, zelando sempre pela privacidade dos utentes e com respeito pelas suas escolhas e background, cada utente é apoiado no seu percurso para alcançar o pleno desenvolvimento e bem-estar.

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O Atendimento Social tem como objetivo infor- mar, apoiar e/ou encaminhar as pessoas e/ou as famílias da comunidade de Alverca. A interven- ção social privilegia a prevenção e resolução de problemas potencialmente geradores de situa- ções de exclusão social. Contudo, muitas das situações acompanhadas estão já no plano da prevenção secundária, sendo necessário desen- volver projetos personalizados com cada pessoa e/ou família, na sequência do diagnóstico efe- tuado. Toda a intervenção é desenvolvida com a participação das pessoas, sendo valorizadas e trabalhadas as suas potencialidades, as suas competências, as suas motivações e aptidões.

Contra a Fome, semanalmente, são apoiados 59 agregados familiares, ou seja, 175 pessoas. Esta é uma área onde as carências se têm eviden- ciado de forma gritante e que, em nosso enten- der, obriga a uma atenção e revisão das políti- cas sociais de apoio na luta contra a pobreza. É impossível romper ciclos se os repetirmos sem nada aprender e sem modificar estratégias. Para além das ações mencionadas, é de refe- rir também o Programa de Bolsas Sociais para estudantes do Colégio José Álvaro Vidal (CJAV) da Fundação, cujos familiares tenham compro- vada situação de carência económica. Este Pro- grama insere-se no reconhecimento ao direito

Este serviço tem, tam- bém, ao dispor da popu- lação mais carenciada, um Banco de Roupas e de Géneros Diversos. A intervenção social e comunitária é articu- lada com redes formais e informais da comunidade, nomeadamente ao nível da autarquia e da Segu- rança Social. O Serviço de Atendimento e Acompa-

de todos os que o desejem poderem ter os seus filhos a estu- dar no CJAV. Atualmente estamos perante um novo desafio, associado à necessidade de dar resposta aos pedidos de ajuda que surgem no âmbito dos des- locados da guerra na Ucrânia , assim como

Cada utente envolve-se na

construção do seu plano individual

nhamento Social Integrado (SAASI) do Concelho de Vila Franca de Xira, o Programa Operacional de Apoio às Pessoas mais carenciadas – PO APMC, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Vila Franca de Xira, o Núcleo de Infância e Juventude (NIJ), o Banco Alimentar Contra a Fome, a Rede para a Empregabilidade, a Phenix (no âmbito, do desperdício alimentar), a Direitos.com, na área dos direitos humanos, são alguns dos exemplos daquelas redes cola- borativas. Tendo uma importante ação ao nível do Apoio Alimentar, através do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas (PO AMPC), este serviço, atualmente, apoia cerca de 136 agregados familiares, ou seja, 376 pessoas (men- salmente). No que respeita ao Banco Alimentar

às famílias da comunidade que, indiretamente, estão a sofrer as consequências deste conflito (face ao aumento generalizado dos preços de bens de consumo). Face a estes e a outros desa- fios e à cada vez maior escassez de recursos, a ajuda de mecenas e de todos os que o possam fazer é fundamental para o apoio daqueles que mais precisam. Acreditamos que, com a experiência adquirida, com um planeamento estratégico adequado e atempado, com o envolvimento responsável das parcerias e a participação de voluntários e mecenas, novos caminhos há a traçar e a per- seguir na procura de soluções inovadoras que permitam reduzir os impactos do presente e apontar para um futuro onde justiça e felicidade sejam conceitos vividos por todos.

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histórias

Texto Carla Caldeira e Susana Marli

O Apoio Comunitário Integrado (ACI) da Fun- dação CEBI localiza-se em Fonte Boa dos Nabos, freguesia da Ericeira, concelho de Mafra. Trata-se de um equipamento que integra, nas suas insta- lações, respostas na área Social - nomeadamente o CATEI (Centro de Acolhimento Temporário para Idosos), a RA (Residência Assistida para pessoas idosas) e a CI (Comu- nidade de Inserção) - e respostas na área da Educação - Creche e Ensino Pré-Escolar. As respostas direcionadas ao acolhimento de pessoas idosas proporcionam alojamento, tratamento de roupa, alimentação, atividades de apoio psicossocial, cuidados de saúde, higiene, imagem, conforto, animação cultural e ocupação de tempos livres adequados aos interesses e ritmos de cada residente. A equipa é multidisciplinar, sendo seu paradigma de procedimentos que a curva da

esperança média de vida seja correspondente à curva da qualidade de vida das pessoas, na senda do seu bem-es- tar integral. O ACI tem capacidade para acolher, na área social, 10 uten- tes em CATEI, 12 em Residência Assistida e 14 em Comuni- dade de Inserção. A Comunidade de Inserção dirige-se ao acolhimento tem- porário, com vista à reinserção, de mulheres, com ou sem filhos menores, que se encontrem em situação de exclu- são, marginalização ou vulnerabilidade social. Esta é uma resposta que, através de uma intervenção personalizada e sistémica, procura melhorar as condições de vida e bem- -estar das utentes, promovendo a aquisição ou o reforço de competências pessoais, parentais, sociais e profissio- nais, promotoras da inclusão social das mesmas. Durante o período de acolhimento destas famílias, é-lhes, também, garantida a satisfação das necessidades básicas

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inspiradoras de subsistência, nomeadamente alimentação, cuidados de higiene e imagem, assistência médica, financeira e esco- lar. É-lhes, ainda, assegurada a participação em atividades educacionais e formativas, bem como o acompanhamento aos diferentes serviços necessários para a sua autonomi- zação (Segurança Social, SEF, Consulados, CPCJ, Tribunal, entre outros), de acordo com os seus Projetos de Vida. Todos os residentes nos serviços do ACI são respeitados na sua individualidade. As suas necessidades e capacidades são analisadas pela equipa técnica, estando os mesmos envolvidos na construção dos seus Planos de intervenção Individuais (bem como as famílias, sempre que possível). Dada a dimensão e proximidade física das diferentes res- postas sociais e educativas do ACI, os residentes deste espaço beneficiam de um ambiente acolhedor e familiar, onde se desenvolve uma relação intergeracional, promo- vendo a cooperação, aprendizagem, envolvimento e parti- lha entre as diversas gerações que aqui se cruzam. Apesar da situação pandémica, que ainda se verifica, várias foram as atividades desenvolvidas entre as diversas res- postas para não quebrar, na totalidade, esta relação tão particular e enriquecedora. O dia a dia da casa foi adaptado para continuar a respon- der ao padrão a que todos estavam habituados, com o menor impacto possível. Gradualmente, e com segurança, têm-se voltado a abrir as portas, não só às interações entre os residentes das várias respostas sociais, mas também àqueles que sempre fize- ram parte da casa: os familiares, os voluntários, os parcei- ros. A qualidade da prestação dos serviços é possível pela par- ticipação ativa e pelo sentimento de pertença de todos os que trabalham neste equipamento e possibilitou, em 2016, a Certificação pela Qualidade de EN ISO 9001:2015 pela EIC.

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Em 2021 a Fundação CEBI acompanhou 614 agregados em Atendimento Social, atribuiu 44 Bolsas Sociais Escolares , acolheu 45 crianças na Casa de Acolhimento Residencial e distribuiu 54.272 Kg de ajuda alimentar .

Ajude-nos a reforçar a nossa atuação!

Quadro 11, do modelo 3 de IRS

Propriedade CEBI - Fundação para o Desenvolvimento Comunitário de Alverca Morada do Proprietário Quinta de Santa Maria, Rua Maria Eduarda Segura de Faria, nº2, 2615-354 Alverca do Ribatejo Pessoa Coletiva 503 738 506 Editor Fundação CEBI Morada do Editor Quinta de Santa Maria, Rua Maria Eduarda Segura de Faria, nº2, 2615-354 Alverca do Ribatejo Administração Ana Maria Lima (Presidente), Mónica Isabel Oliveira Vidal, António Cardoso Pereira, António Pedro Marques dos Santos Fundador José Álvaro Vidal Diretor Nuno Lopes Conselho Editorial Ana Maria Lima, Carla Vieira Gil Colaboração Permanente Sara Cabral Sede de Redação Quinta de Santa Maria, Rua Maria Eduarda Segura de Faria, nº2 2615-354 Alverca do Ribatejo Grafismo e Paginação Marisa Cunha Fotografia Marisa Cunha, Nuno Lopes, Sara Cabral Secretariado Lurdes Farinha Contactos Tel. 219 589 130 imagem@fcebi.org www.fcebi.org

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