Olga Fonseca assumiu a direção da Área Social da CEBI em dezembro de 2021
e, por vezes, de gravidade assi- nalável), impõe-se a capacidade de pensar de forma inovadora e proactiva sobre os mesmos, equa- cionando-se metodologias apoia- das em medidas de longo prazo, não descurando, contudo, as medi- das pontuais, de base reparadora (por vezes de intervenção em crise) e que assumem um importante papel adicional nas intervenções de base preventiva e construtiva, proporcionando a mobilização dos recursos pessoais e sociais neces- sários aos processos de mudança daqueles que dela necessitam.
do conceito, mas também, e sobre- tudo, da realidade em “que, por quem e como” é vivida. Estamos perante novos contextos relativos a fluxos de população, informação, influências e redes de relações. Os novos tempos implicam inven- ção de novos paradigmas no que concerne à forma de pensar as relações interpessoais e as orga- nizações. Temos hoje necessidade de procurar novos conhecimentos que nos permitam co-criar culturas organizacionais promotoras de flo- rescimento humanístico, em toda a sua diversidade. Hoje e cada vez mais precisamos de ser criativos na procura de modelos de interven- ção ajustados às novas realidades onde as situações de risco e perigo de vulnerabilidade, de pobreza e exclusão social são inúmeras e vão assumindo facetas por vezes ines- peradas. Conscientes de tudo isto, sabemos que os modelos tradicio- nais de acção social (baseados no
saber do profissional que constrói soluções para as pessoas) já não se adequam ao modo de olhar os indivíduos e os seus problemas e, consequentemente, à forma de conceber a intervenção com os mesmos. Como tal, promovemos as abordagens em rede, colaborativas e positivas, baseadas na co-sabe- doria e co-construção de soluções de mudança entre profissionais e utentes, investindo na confiança e proximidade nas relações de ajuda. Criativos na forma de intervenção A área social da Fundação assu- me-se, assim, como um patamar de atuação de proximidade por excelência, onde a intervenção social se operacionaliza com o objectivo da promoção do desen- volvimento, da construção do bem-estar e da mudança social, procurando ampliar os graus de liberdade e de felicidade daque- les que serve.
Uma abordagem em rede, colaborativa e positiva
O território social é complexo e mais complexo se torna em épocas de crise, como aquelas que temos vindo a atravessar. A “comuni- dade”, tal como nos habituámos a pensar nela, merece ser revisitada e questionada não só no âmbito
3
Powered by FlippingBook