Despertar CEBI | 2023 em retrospetiva

Da esquerda para a direita: Luís Ferreira Lopes, Tiago Abalroado e Carlos Azevedo

A primeira parte do Encontro foi iniciada pelo Painel “Economia Social e Solidária” , com moderação do jorna- lista Luís Ferreira Lopes e os oradores Tiago Abalroado, Presidente do Conselho de Administração da Funda- ção UNITATE, e Carlos Azevedo, Strategic Advisor - IES - Social Business School, cujo arranque foi marcado pelas memórias, ligadas à CEBI, que Luís Ferreira Lopes guarda da sua juventude. Tiago Abalroado trouxe à reflexão o tema “Inovação, Tec- nologia e Diversidade - implicações no desenvolvimento das Organizações Sociais”, onde começou por mencionar que “a CEBI é uma instituição de referência neste con- celho e neste país”, num setor Social que se “reinventa todos os dias”. No entanto, o Presidente do Conselho de Administração da Fundação UNITATE considera que “às nossas institui- ções, o que falta, neste momento, é capacidade organi- zativa. Temos um Estado que reconhece a estas Institui- ções uma função subsidiária, mas temos que ter a noção que [o Estado] não canalizará para o setor os fundos necessários. As instituições não conseguem fazer mais porque vivem asfixiadas diariamente em torno das suas questões internas”. Como é que as instituições se podem reestruturar? Tiago Abalroado apontou a cooperação entre organizações sociais como a solução. “Só conseguiremos sobreviver se nos afirmarmos como um setor forte, que diariamente revela a sua força pelo bem que faz aos outros, mas que este bem resulta de

uma complementaridade entre as várias instituições (...) A partir do momento em que criamos desafogo, pode- mos usar este financiamento para criar oxigénio para as nossas organizações”, declarou. "Se formos um setor verdadeiramente atrativo, ágil e que cumpre a sua Missão, conseguiremos ser um setor que vai todos os dias cumprir melhor a sua Missão, como faz a Fundação CEBI ao serviço do desenvolvimento humano" Tiago Abalroado Por outro lado, Carlos Azevedo, com o tema “Desenvolvi- mento e Inovação Social: abordagens para o crescimento sustentável no 3.º Setor” disse ter conhecimento da CEBI desde que se conhece “enquanto profissional neste setor”, recordando que quando começou “a trabalhar na União Distrital das IPSS do Porto, recebia uma revista mensal da CEBI. Essa revista ensinou-me muito do que sei e contribuiu para o profissional que sou hoje”. Sobre o Setor Social, o especialista fez uma referência à obra “O Mito de Sísifo”, de Albert Camus, datada de 1941. "Quando olho para o setor social, lembro-me de Sísifo, que foi condenado a rolar uma grande pedra montanha acima por toda a eternidade. O que é que acontece? Sempre que a pedra está a atingir o topo, cai e ele tem de repetir o trabalho inglório todos os dias. Por muito que se faça, é um pouco isto que tenho visto na intera- ção com as organizações sociais" Carlos Azevedo

17

Powered by